sábado, 6 de novembro de 2010

Discurso de Formatura EJA

Essas mensagens são do fundo do baú

DISCURSO 1

Senhoras e Senhores,
Neste momento tão significativo, seria bom refletirmos sobre nossas vidas: o que buscamos? Para que estudarmos? Por que fazemos trabalhos escolares estafantes ou avaliações, às vezes, questionáveis? Enfim, por que devemos percorrer os caminhos da aprendizagem?

Reflitamos: conseguiríamos viver sem essa, digamos, torturante, vida escolar? (...) seus sorrisos lhes tarem. Devo crer impossível!

O ser humano nasceu para aprimorar-se. Não bastam apenas os ensinamentos ditados pela família, queremos mais... E se queremos mais, meus caros, é porque temos uma vida interior muito rica e que precisa da água redentora da educação. Essa água é a que move as pás do moinho de seus pensamentos, sensações, certezas e esperanças.

Uma das grandes, senão a maior característica da juventude é a curiosidade intelectual que impulsiona vocês a descobrirem-se e ao mundo a suas voltas.

Nesta etapa da vida estudantil, devem-se observar as profissões mais promissoras, mas, para que sua escolha seja definitiva, a orientação de todos nós, os chatos... pais, mestres e direção é preponderante, embora todos devamos ter a compreensão necessária e a paciência madura de também ouvi-los em seus anseios e sonhos...

Talvez tenhamos encontrado alguma resposta às perguntas anteriores: a importância do estudo global, e não-direcionado à carreira que julgamos adequada para possivelmente aplacar uma ou outra frustração. Não devemos ensinar de forma preconceituosa, atendendo a espectativas particulares desta ou de outra disciplina, como se unidade sem o todo fosse o conjunto todo. Chega de preconceito!(...)

Hoje, o mercado de trabalho exige, além do conhecimento específico de cada profissional em sua área de atuação, um elevado grau de interação com os problemas que cercam esse mundo moderno e paradoxalmente limitado pelas desigualdades... E, por isso, a cultura geral é fundamental.

Não nos sentimos peças de museu... Não nos sentimos esgotados em nossa capacidade de auxiliá-los, pois entendemos que, antes de nos considerarmos mestres, fomos aprendizes em nossa convivência com todos vocês... Estamos, portanto, abertos ao diálogo conciliador para lhes oferecer uma palavra de carinho e incentivo, uma orientação especializada, que será pautada sempre pelo princípio da fraternidade.
Não pretendemos ser somente mais um caminho, e sim um modelo a ser seguido por todos que aspiram a uma Nação mais forte, não remediada, mas curada dos males impostos por anos de silêncio e aculturação...

Não queremos mais falar e deixar que o vento espalhe as palavras, tampouco aprisionar essas mesmas palavras, isso já custou-nos caro, queremos educar, formar, humanizar, respeitar os direitos individuais...

Nossa sociedade tão carente precisa de nós. Precisa igualmente de vocês, de seu espírito jovem, comunicativo e... brincalhão! Esse bom humor e essa alegria são elementos fundamentais para o estabelecimento de um Brasil menos violento e desigual.

Parabéns a seus pais que tanto se sacrificam e esperam de vocês, sobretudo, que sejam, pessoas éticas e respeitem o Estado de Direito...; parabéns aos colegas professores que assimilaram a tarefa divina de informar com profissionalismo e amizade...; parabéns aos profissionais que nos dão suporte: coordenação e direção; e, principalmente, parabéns a vocês, queridos formandos e formandas, sem os quais o sonho de transformar o mundo jamais se tornará real...

Boa noite!

DISCURSO 2
AS FLORES DA NOSSA CRENÇA
Edson Vidigal

Meus Colegas:
A vossa decisão fez com que eu pudesse chegar até a esta tribuna. E daqui não devo apenas recordar aqueles sacrifícios que a nossa força de vontade e a boa vontade dos nossos mestres ajudaram a enfrentar, ao longo de tantos dias de trabalho que se encompridaram em noites de estudo. Não preciso falar da alegria com que recebemos o Diploma, mas devo, com alegria, falar das novas responsabilidades que, por causa do Diploma, nos aguardam. No vosso nome preciso, porém, antes de tudo, agradecer aqueles que, em nos ajudando, contribuíram para que vivêssemos esta noite.

Agradecer não é dizer apenas "muito obrigado". Agradecer‚ é reconhecer. Agradecer‚ é ser fiel ao gesto que se mereceu de outrem e retribuí-lo com a Vitória, que sem a ajuda recebida não se teria conquistado. A vitória, portanto, não tem um dono, porque não é apenas nossa, pertence também aos que são Pais e aos que souberam ser Amigos. A eles proclamamos o nosso agradecimento por nos terem colocado nos caminhos da escola, o nosso reconhecimento pelas dificuldades que, por nossa causa, tiveram que passar e a nossa profunda gratidão pelo incentivo que nos souberam dar.

Quanto a nós, colegas - o que não podemos é esquecer, numa hora como esta, os muitos que não tiveram esta vez e os tantos que estão a sonhar com ela! Enfrentamos sacrifícios, tivemos dificuldades, muitos até sacrificaram o estômago no custeio da alimentação do espírito, para possuírem, ao invés de uma mesa com jantar, uma carteira com livros, numa sala de aulas. Outros trocaram a quietude noturna do lar, o convívio da família, os entretenimentos, para saírem toda noite, livros nas mãos, força de vontade, correndo rumo à escola, como que em busca do tempo perdido.

Quantos, como eu, olharam para trás e, conferindo o relógio do tempo, viram a poeira dos tantos dias que se passaram e que perderam... Mas nesta noite, em que sentimos que estamos vencendo, não podemos esquecer os muitos que não tiveram esta vez e os tantos que estão a sonhar com ela! E sem que me perguntem quem são eles, eu lhes digo que são os náufragos da nossa catástrofe social e que ainda nadam contra as ondas do desestímulo e da falta de oportunidades, procurando alcançar uma escola como a uma ilha de salvação. Eles são aqueles novecentos que em cada grupo de mil não conseguiram concluir o curso primário. São também os oitenta a três do grupo de cem que, terminando o primário, evadiram-se da Escola Média. Eles e nós somos as figuras deste quadro berrante, mas que, infelizmente, ainda contemplamos em nossos dias: de cada cem concludentes do primário chegados ao Curso Médio, apenas vinte e cinco são poupados no Ginasial, oito no Colegial e daqueles cem apenas quatro conseguem chegar às portas da Universidade, para onde nós - os sobreviventes - devemos ardentemente pretender caminhar.

Aos muitos que não tiveram esta vez e aos tantos que estão a sonhar com ela, a nossa solidariedade e a nossa promessa de que não os esqueceremos. A lágrima e o suor que tiverem de brotar quando as letras exigirem que eles falem ou escrevam para sobreviverem à vida, serão Protestos, mas serão também exemplo para que cada um de nós não desista da caminhada para o saber e para que tenham mais forças na resistência, quando as chuvas das dificuldades caírem mais intensas sobre nós.

O Padre Lebret, no seu livro "Manifesto Por uma Civilização Solidária", nos ensina que "de nada serve inflamar a juventude com fórmulas ilusórias, pois o que de melhor podemos dar não é conduzir os jovens a qualquer mito que os dispense da pesquisa e do esforço". E nos aconselha: "É à verdade do pensamento e da ação que devemos convocar os jovens". Entendo assim também. E creio especialmente difíceis as tarefas que aguardam cada nova geração. Porisso, de experiência própria, posso proclamar que o atual sistema escolar deste País ainda se mostra deficiente, sem atrativos à juventude para a modalidade de ensino que as conveniências do progresso estão a exigir. É necessário que se dêem condições aos brasileiros para que, com os dividendos do seu esforço, todos contribuam, e não se possam mais, em nosso País, contemplar quadros com as estatísticas gritantes, que eu citei, e que nos mostram aquela alta percentagem de analfabetos - o que‚ incompatível com os nossos legítimos anseios de desenvolvimento e justiça social. Precisamos formar, mais e mais, técnicos de nível médio para a indústria, para o comércio, para a agricultura, para o magistério. Mas precisamos também de mais e mais escolas para nelas se formarem esses técnicos.

Compartilho da opinião de que os cursos funcionem de modo a permitir a distribuição dos alunos de acordo com as suas aptidões, orientando-se para os estudos predominantemente intelectuais apenas os que manifestarem essa tendência, enquanto os demais seriam encaminhados as ciências aplicadas em cursos de cunho acentuadamente mais prático. Às escolas secundárias deve ser dado um caráter mais funcional que melhor as vincule às atividades econômicas das regiões onde se situem.
A Escola é o núcleo principal do conjunto celular do País. Precisamos educar, produzir e industrializar, pois de nada adiantariam dínamos, se não houvesse a educação técnica para fazê-los funcionar.

Somos uma geração surgida depois da guerra, a quem a necessidade de vida imprimiu um espírito de rebeldia, que nos coloca na situação de sitiantes a nossa própria consciência de jovens, que receberam uma difícil tarefa que haverão de cumprir no trabalho árduo da edificação de uma Pátria bem melhor aos que nos sucederem. Dos escombros da guerra nossos antecessores aprenderam e nos deixaram a lição de que a Democracia, como conquista dinâmica, elimina os vírus do totalitarismo.

Estamos com a Democracia porque estamos com a liberdade, maior conquista do homem que saiu da pedra lascada para lavrar um hino à civilização. Proclamamos, nesta hora - mais uma vez - as nossa convicções democráticas, o nosso mais puro e ardente Amor à Liberdade, o nosso horror maior ao totalitarismo, em quaisquer de suas formas. Estamos com a Democracia porque repudiamos a ditadura, que ignora a comunidade, que se arroga de uma independência total, que não possui regras permanentes e nem fundamentais, pois a sua própria lei é a do momento. Na democracia, há a legalidade. Na ditadura, não há lei e nem base legal alguma. Na democracia, a vontade do governante é o resultado de um anseio coletivo. Na ditadura, a vontade do ditador‚ é a vontade do ditador, que não se deixa peiar por processos legais. Na democracia, há a autoridade e a harmonia dos três poderes. Na ditadura - adverte-nos Maclver, sociólogo norte-americano - o que se constata‚ a exaltação do executivo acima do legislativo e a conseqüente equiparação do decreto à Lei, a insistência da ortodoxia política, a supressão de todas as opiniões desfavoráveis ao regime.

O mundo pagou um preço muito caro para dar a si mesmo a lição de que a luta contra o totalitarismo tem que ser mantida, pela preservação da Democracia e pelo domínio da Liberdade. Democracia - é preciso que se esclareça - é o que Lincoln chamou de "Governo do Povo, pelo Povo e para o Povo"; Democracia‚ o que o filósofo Aristóteles denominou de "Governo por um grande número"; Democracia não é aquela "interpretação vesga dos exegetas" e sim a tradução daquelas duas palavras, raízes do grego - demos e kratía - que significam "a autoridade do Povo, o Poder do Povo".

Concordo com um pensador político de nossa época - Carlos Lacerda - que "a Democracia não é um regime pronto que se possa encomendar aos juristas e entregar aos políticos para simplesmente vesti-la, como se fosse roupa feita. Democracia‚ um processo constante de aperfeiçoamento ao qual a Nação ascendo na medida em que se educa e adquire condições para se Governar. Educar‚ fazer progredir a Democracia". Escola para todos‚ o único meio válido para se chegar a uma Democracia, para a promoção do desenvolvimento, para a prosperidade de todos e não apenas para o enriquecimento de alguns. Negar escola à maioria é o único meio válido e mais eficaz para se retardar a Democracia, assegurando-se o domínio de uma oligarquia que deve ser destruída, em vez de tolerada.

Meus Senhores, Minhas Senhoras:

Esta noite não é apenas uma noite de formatura, um instante de despedida, o encerramento de uma missão. O conhecimento das novas responsabilidades, que por causa do Diploma nos aguardam, nos deu a convicção de que estamos vivendo é mais um início, que esta vitória não dá por encerrada a nossa luta. O que até agora demos ao Maranhão e ao Brasil não constitui ainda o mínimo do que eles estão a exigir de cada um de nós.

Teremos que voltar, colegas, aos livros e às Escolas - onde nos reuniremos, certamente, a novos homens desta mesma geração, sem nunca perder de vista, contudo, que é preciso lutar, mais e mais, para que todos nós, sendo dignos do Maranhão e do Brasil, possamos ajudá-los a vencer as dificuldades que lhes impedem que a caminhada para o desenvolvimento seja no ritmo desejado e necessário.

Numa hora como esta, não há, portanto, encerramento e nem despedidas. Nós não pertencemos àquela geração que o poeta Fernando Pessoa classificou como “raça do fim, limite espiritual da hora morta, que vive a negação, o descontentamento e o desconsolo”. Nós não podemos consentir que o Brasil assista o triunfo das nulidades - e para lembrar Rui - que “o homem continue a ter vergonha de ser honesto”.
Ao mundo todos viemos para lutar! E nós lutaremos - hoje entrincheirados nos livros e amanhã na linha de frente das responsabilidades que a Pátria nos entregar. Inspirados por Deus, lutaremos todos, cada um com sua força de trabalho, pelo progresso; cada um, cristãmente, pela Justiça e pela Paz, para que possamos todos aguardar o futuro confiadamente e que nele não murchem as flores da nossa crença!

O que Roosevelt disse ao seu Povo, o que Kennedy repetiu para os estudantes de Costa Rica, eu creio que também posso dizer agora a todos:
- Esta geração, a nossa geração, tem um encontro marcado com o destino. Confio em que todos vós compareceis a esse encontro.

E até lá.
Discurso de formatura do curso ginasial do Colégio São Luís, no salão da Associação Comercial de São Luís, Maranhão, em 15 de dezembro de 1966.


DISCURSO 3
” O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. “

(Fernando Pessoa)
Essa frase de Fernando Pessoa retrata bem o importante momento pelo qual estamos passando.

Intenso. Inexplicável. Incomparável. Assim foi esse tempo em que estivemos unidos. Um período no qual descobrimos o mundo: estudamos, brincamos, aprendemos, sorrimos… Juntos, alunos, funcionários e professores vivemos intensamente muitos momentos alegres, produtivos, positivos e inesquecíveis. Momentos esses que, sabemos, permanecerão em nossas vidas, como uma marca muito agradável em nossos corações. Cativamos e fomos cativados.

Responsabilidade aprendemos a ter também. Responsabilidade com nossas palavras, com nossas atitudes… com toda a nossa vida, enfim. Responsabilidade, ao contrário do que muitos dizem, é liberdade. Liberdade de escolher nosso próprio caminho e de defender de maneira racional interesses em prol da coletividade, pois tivemos verdadeiras lições de uma arte chamada política. Liberdade de trilhar veredas possíveis e impossíveis. Escolher o destino. O futuro. Nossa escola nos preparou para isso. O que somos hoje é, em grande parte, fruto do caminho percorrido durante todos esses anos em nosso adorado Pedro II. Não temos medo do que virá.

É importante não nos esquecermos de onde viemos e que mudanças sofremos ao longo desses desafiadores e, muitas vezes, dolorosos anos. Dolorosos sim, pois assistimos a algumas tentativas de baixar o padrão de ensino desta instituição. Talvez não tenha sido pior graças a grandes professores que tivemos, que não só se preocuparam em cumprir suas obrigações profissionais, mas souberam defender a qualidade dos ensinamentos - cada um com sua abordagem e sua filosofia de vida. Somos sinceramente gratos.
Tivemos a oportunidade de conviver com todo tipo de pessoas. Dentre elas, muitos alunos destacaram-se . Alguns como questionadores; outros, pela capacidade de expressão e liderança; outros primaram pela organização e pontualidade. Há também aqueles que foram verdadeiros exemplos de dedicação e persistência. E como não poderia faltar, aqueles responsáveis por alegrar todas as aulas e motivar os amigos.
Ah, as amizades… Essas, não precisamos nem comentar, pois sem dúvida são sinceras repletas de carinho e dedicação. E a todos esses queridos amigos com quem não conviveremos mais diariamente nessa nova fase da vida, só temos a dizer muito obrigado. Até mesmo nos momentos de adversidade, aprendemos. Aprendemos a ser mais humildes e a trabalhar em equipe.

E nesse momento tão importante, gostaríamos de homenagear, e também de recordar certas manias e momentos inesquecíveis de nossos queridos mestres.

Quem não se lembra do famoso mapa suleado do professor Sérgio de Física ? e das provas com “consuta” ? O professor Lázaro e o seu famoso DETERMINE, além é claro do seu misterioso caderninho vermelho, que provocava suor de muitos que conversavam durante a aula. Não podemos esquecer da ilustre esposa do nosso professor Osni ( coitada, ela vivia apanhando não é ? ) Não podemos negar que morremos de vontade de conhecê-la. A professora Marília de Matemática, sempre acompanhada das últimas tecnologias como, por exemplo, seu apagador elétrico. E de todas essas manias, uma, em especial, ficou nitidamente registrada em todos nós: a mania de ensinar, de se dedicar, de transmitir aos seus alunos conceitos úteis e duradouros, de se empenhar ao máximo. É nosso desejo que fique aqui registrado um muito obrigado por essas aulas tão gostosas, divertidas e bem trabalhadas de que pudemos usufruir. Estamos convictos de que todas essas experiências podem ser proveitosas para enriquecer nosso aprendizado como seres humanos e servem de modelo para o que devemos e o que não devemos repetir. Muito obrigado, mestres, por dividirem conosco os ensinamentos, e desculpem a conversa e a agitação “eles” fazem parte da idade.

Para finalizar, gostaríamos de enfatizar que esse momento não é um momento de tristeza porque nos despedimos. Não; esse é um momento de reflexão, de aceitação. De olhar para frente. Um momento de admitir que a vida de cada um de nós é feita de fases. Tudo muda. O mundo muda; mudamos nós. Amadurecemos, e não envelhecemos, só envelhece quem quer. Nossas prioridades mudam e mudarão; nossa leitura de mundo, também. Devemos não nos entristecer porque as coisas acabaram, e sim agradecermos porque elas existiram. Aliás, nada aqui acabou; muito pelo contrário. Esse é tão somente o começo, o ponto de partida para uma geração com vontade e disposição para mudar as coisas. Mudar a própria sina, mudar a realidade que nos cerca. Chegou a vez dessa geração, da nossa geração, mostrar para o mundo lá fora que tipo de ensinamento que recebemos. Chegou a hora e a vez de mostrar nossa cara, nossa cara de orgulho por ter sido aluno do Colégio Pedro II. Ou melhor, uma vez Pedro II, eternamente Pedro II.
Nossa formatura é um momento de orgulho em nossas vidas, um acontecimento feliz e inesquecível, abrilhantado por momentos de profundo contentamento, alegrias e grandes esperanças para o futuro.


MENSAGEM DE FORMATURA
DIA DE FORMATURA

Meu amigo chegou o grande dia. Sei que passamos momentos de tensão, períodos de dificuldades, horas e problemas que pareciam nunca Passar. Mais estávamos ali, firmes em nosso propósitos, perseverantes e principalmente com muita fé em Deus que este dia ia chegar.valeu a pena todo o sacrifício que passamos na nossa jornada até aqui. Serviu para acumular experiências. Agora vendo você e todos os nossos amigos de classe prestes a serem diplomados meu coração acelera, porque como orador da turma a emoção toma conta de mim. Tento ser forte, corajoso... Mais isso é mais forte que minha vontade, sinto meu corpo tremer, minha voz está estranha. Uma vontade de sorrir se mistura com a vontade de chorar, sinto que a adrenalina está subindo cada vez mais. O grande dia chegou e agora é a hora de comemorar juntos nossa primeira conquista. Obrigado Senhor, por nos abençoar, dar saúde e paciência para podermos chegar a até a formatura. Amanhã é outro dia e nós estaremos cada um para um lado. Caminhando um busca da nossa própria vida. Que esta formatura seja uma das muitas vitórias a fazer parte de nossa vida.

TRIBUTO AO TEMPO

Tudo o que vive não vive sozinho, nem pra si mesmo.
"Dizem que a vida é curta, mas não é verdade.
A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades.
E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina brincando de esconde-esconde.
Infelizmente às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando nãos:
a viagem que não fizemos,
o presente que não demos,
a festa que não fomos,
o amor que não vivemos,
o perfume que não sentimos.
A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador;
quando se é piloto e não passageiro,
pássaro e não paisagem,
cavaleiro e não montaria.
E como ela é feita de instantes, não pode nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.
"Não tenha medo do futuro, apenas lute e se esforce ao máximo para que ele seja do jeito que você sempre desejou"
"A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."


FORMATURA
"Um dia a maioria de nós irá se separar". Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... Do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe... nos e-mails trocados.

Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens... Aí os dias vão passar, meses... anos... Até este contato tornar-se cada vez mais raro.

Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas?

Diremos... Que eram nossos amigos. E... Isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito.

Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lágrimas nos abraçaremos.
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.

E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

1 comentário:

  1. Adorei as dicas de discurso e adorei também seu blog!!!
    Estou te seguindo pra sempre estar por dentro das novidades.
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    Abraçosss

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