sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jornal Escola

Capacitação no Jornal Escola da Tribuna

A Coordenadora Silvia Costa está nos ensinando como trabalhar passo a passo com o Jornal na sala de aula. Nesse curso sai muito motivada a trabalhar com o jornal em sala de aula, pois nunca havia me questionado, quais os objetivos que eu queria atingir trabalhando com o jornal, porque pra mim atividades lúdicas eram: Pesquisar no jornal palavras com determinada dificuldade ortográfica, fazer alguma leitura de reportagem, no entanto consegui enxergar que o jornal está além disso.

É preciso saber viver
O que é importante saber?
"É preciso saber viver"
"Toda pedra no caminho você pode retirar"

Todo mundo precisa saber viver, muitos vegetam, tropeçam nas pedras. Antigamente as crianças eram ensinadas pelos pais e professores, hoje a mídia está ensinando a viver, não adianta dizer se é ruim ou bom, pois simplesmente é um FATO. Quanto tempo as crianças ficam expostas à mídia?

A CRIANÇA E A MÍDIA

Por ser detentora de grande poder, a mídia tenta atrair e conquistar o seu público de todas as formas possíveis e inimagináveis, tendo quase sempre uma programação específica para o público infanto juvenil. Com o seu poder utópico, ou seja, com "o mundo encantado", a mídia, vem conquistando cada vez mais as crianças que são praticamente induzidas a viver num mundo de sonhos e fantasias, onde o bem vence o mal; o mocinho sai vitorioso e o bandido é preso ou exterminado; a princesa encontra o príncipe, enfim, histórias todas com final feliz.

Todas essas experiências, a criança transfere para o seu dia-a-dia, mas geralmente elas acabam se decepcionando ao perceber que tudo não passa de uma grande utopia, muitas vezes totalmente diferente de sua vida habitual, cotidiana. Na televisão, temos desenhos animados e programas infantis. Graças à mídia, a publicidade vem agindo cada vez mais e tentando de todas as formas influenciar seu público infanto juvenil, de modo que venham consumir seus produtos.

Com propagandas, anúncios, outdoors, cartazes mais atrativos, a publicidade procura atrair e fazer das crianças consumidoras com voz e poder de compra. De maneira que elas vêm tanto uma coisa que não conseguem esquecer e vivem implorando, muitas vezes obrigando seus pais a comprarem certo brinquedo ou produto. Altamente perigosa, a propaganda dirigida às crianças e jovens, institui dentro delas, um desejo incontrolável de possuir algo que na maioria das vezes seus pais não podem dar devido a sua classe social, sem falar que determinados produtos não trazem nenhum benefício a essas crianças, apenas o fator da compulsividade; a ideia fixa de que "eu tenho que ter".
Uma atribuição que a mídia carrega é a influência que causa nas crianças que ainda estão em processo de formação. Ao veicular filmes, desenhos animados e o último modelo de um brinquedo, a mídia fala a linguagem dos pequenos, mexem com seus valores e desejos.

Dentre os veículos de comunicação de massa, vamos destacar a televisão que cobre todo o território nacional com a maior rapidez. Psicólogos, educadores e pais têm concordado com uma colocação: a TV, ao exibir programas infantis com temas violentos, gera agressividade nas crianças. A recíproca não é verdadeira quanto aos adultos.

Não concordo que uma pessoa já na fase adulta diga que teve uma atitude violenta por causa de um programa ou um filme que tenha assistido. Pessoas adultas, em padrões normais de comportamento, têm consciência formada, podem refletir com mais clareza, criticar e não simplesmente aceitar como certo ou bom tudo que recebem.

Em se tratando de crianças, a coisa muda de figura. O professor em sala de aula fala para 30, 35, 40 alunos muitas vezes, a TV fala diretamente, é ela e o expectador dando total atenção para ela, não ensinando, mas influenciando.

O jornal é um recurso para refletir com as crianças, para que saibam que toda pedra no caminho pode ser retirada, é uma notícia de vida fragmentada, dia a dia sendo construída. Quando questionamos com as crianças sobre alguma notícia estamos questionando a maneira de viver.

Detectamos quais são as pedras que estão no caminho, desenvolvendo nas pessoas a convicção que elas têm um potencial a ser desenvolvido, a ter uma atitude proativa diante da vida.

Nova Escola On-line

Em tempos de interatividade via telefone celular e internet, fazer com que as crianças se interessem pela leitura de jornais não é tarefa das mais fáceis, mas certamente é fundamental para formar leitores habituais e cidadãos bem-informados. Trazendo textos com características distintas, fotografia e recursos gráficos, os jornais são uma fonte respeitada para pesquisa e para a obtenção de informação sobre o mundo atual.

Para uma criança tomar gosto pelos periódicos, o primeiro passo é acabar com a ideia de que jornal é coisa de "gente grande". Dentro da gama variada de assuntos abordados, certamente são encontradas notícias locais ou de entretenimento que atraem também os pequenos. É importante fazer os alunos se relacionarem com o jornal como se fossem leitores comuns: eles devem manuseá-lo por inteiro (não só textos recortados), aberto sobre uma mesa, no chão ou dobrado; e buscar os cadernos que mais interessam, vendo fotos e lendo títulos, subtítulos e o início de cada reportagem, para saber se vale seguir até o final. "É comum a pessoa iniciar a leitura pela área de que mais gosta, mas isso não significa que ela irá até o fim do texto", afirma Maria José Nóbrega, consultora de Língua Portuguesa

Projetos Especiais desenvolvidos pelo Programa Jornal-Escola

O professor tem ampla liberdade para utilizar o jornal em suas aulas como achar melhor, para atender aos objetivos gerais da educação, do projeto pedagógico nas escolas e apoio às disciplinas curriculares.

O jornal é uma fonte de informação bastante diversificada e cabe aos educadores explorarem as amplas oportunidades que ele oferece para abordagem de temas transversais e a conexão do aluno com a realidade em que vive.

Para facilitar a abordagem multidisciplinar das matérias jornalísticas e incentivar a discussão de temas essenciais à formação dos estudantes, o Programa Jornal Escola e Comunidade propõem projetos especiais para serem desenvolvidos pelos educadores.
Projetos já apresentados e em desenvolvimento:
  • Construindo a Cultura Regional
  • Projeto Cidadania Metropolitana
  • A Preservação da Memória da Região Através do Jornal
  • Vamos Descobrir o Brasil?
  • Educação para o Desenvolvimento Sustentável
  • A Utilização do Jornal como Recurso para a Educação Emocional
  • Educação para a Paz e Educação de Valores
  • Projeto Rir para não Chorar
  • Lições de Vida através de Notícias de Morte
  • O Crescimento da Mulher Através da Leitura
  • Orientação para o Mercado de Trabalho
  • Projeto Jornal-Escola Chega à Cozinha
  • Projeto iniciação ao voluntariado
  • Jornal nas Bibliotecas e Salas-Ambiente Educação Fiscal
  • Educação Fiscal
  • Educação Política
  • JE Informática
  • Projeto Cultura Marítimo-Portuária
  • Projeto A poesia no século XXI
Objetivos

  • Familiarizar o aluno com o jornal
  • Desenvolver o gosto da leitura
  • Estimular a busca de informações
  • Promover a leitura crítica e discussão da realidade e leitura de mundo
  • Possibilitar o enriquecimento cultural e existencial do aluno
  • Formar leitores esclarecidos, participantes e éticos
  • Contribuir para o desenvolvimento pessoal dos leitores de todas as faixas etárias

Qual o currículo do jornal?

Vida: Emocional. Espiritual.Educação para o Trabalho. Educação Sexual.

O jornal é um ponto de partida para uma análise da vida, não da qualidade de vida, mas do conteúdo de vida, pois são acontecimentos, fatos reais, precisamos fazer com que nossos alunos se tornem críticos, ensiná-los a refletir com a vida.
O jornal aumenta o universo cultural do aluno.

Devemos seguir algumas etapas para que o aluno não ache a atividade com o jornal monótona:

1ª Etapa Motivacional

É como um namoro, atividades agradáveis, legais, com dinâmicas gostosas.

Dicas da Silvia Costa:

Se você se dispõe a usar o jornal em suas aulas, ou se já o faz, não deixe de observar estes itens que são fundamentais. Se o professor descuidar dele na fase inicial, poderá comprometer todo o trabalho posterior, revertendo o resultado: correrá o risco de estar fazendo o aluno se chatear com o jornal em vez de despertar-lhe o prazer pela leitura e pela busca de informações.

A descoberta do universo da informação jornalística poderá ser uma aventura fascinante, um jogo empolgante ou uma tarefa superchata. Depende de como for encaminhada. Solte-se. Deixe a aula correr leve. O ar é tão leve e nem por isso deixa de ser indispensável

Sugestões para Confecção de Mural:

De olho na cidade
Cantinho da Leitura

Começando as atividades: reflita com os alunos a análise do jornal:

  • O que o jornal tem de diferente do livro?
  • Grande x pequeno
  • Solto x preso
  • Assunto diferente x mesmo assunto
  • Por que ler jornal?
  • Para que ler jornal?

Para informar, para que as pessoas saibam do que está acontecendo fora do seu mundo.
Não devemos nos sentir pressionados, pois para chegarmos a esse aluno crítico, leva tempo, devemos trabalhar com o motivacional, com o namoro.

Leve um bom tempo trabalhando na identificação.
Cada página tem um número, cada seção uma letra;
Mostrar que são separados por letras, por números sequenciais;
Trabalhe valores humanos, cuidado o jornal porque o outro que vai ler, respeito;
Para os menores é importante grampear o jornal;

Faça dinâmicas gostosas:
De que lado o fotógrafo ficou para tirar essa foto?
Analise as imagens e eles começam a tomar gosto pelo jornal;

Existem vários tipos de cartazes:

Recorte imagens do jornal e cole no mural de acordo com os critérios abaixo.
Que absurdo, que legal!
Que bom, que mal!
Que barato, que ruim!
Ou inverso colam a notícia e eles colocam os balões.
Nota 10 - Nota 0
Que bom! Que horror!

Eles precisam ler e procurar, 1º momento sem leitura crítica, apenas pela curiosidade de ler.

Todo dia começar a aula contando alguma coisa do jornal (para ele ler a notícia, para que no subconsciente eles gravem a necessidade de ler jornal). Eles vão criar o hábito e vão te cobrar.

Podemos criar jogos:
Pegar a notícia, separar a foto do corpo, do tipo, do título, misturar tudo de acordo com a idade.

O legal do jogo é criar, não existe nada pronto.

Recriação de texto de uma determinada notícia, essa é uma técnica legal para que os alunos automatizem a maneira correta de escrever. Exemplo: Vamos trocar os nomes, o local, nós somos de Bertioga, não temos essa rua, não foi uma bicicleta, foi um carro. Terão que fazer alteração de concordância verbal, gênero do substantivo.

Divida a classe em 3 ou 4 grupos e cada grupo vai fazer uma alteração, na hora da leitura será mais atrativo. É importante o motivacional, vamos descobrir qual é a notícia mais chocante do jornal hoje, mais triste, mais engraçada, de forma que o aluno não se sinta incapaz.

Vamos viajar pelo jornal?
Conhecer Santos, São Vicente, Cubatão, procure sentir utilizando as fotos

2º momento: Aprofundamento

Fase da leitura crítica, o aluno já descobriu que é gostoso, então fica mais fácil desenvolver outras atividades com mais profundidade.

Todas essas dicas eu recebi no Encontro do Jornal Escola A Tribuna em 2006, com a coordenadora Silvia Costa, foram muito importantes para o meu trabalho inicial com jornal.

Susana Felix P. C. Leite
PBI Município de Bertioga
Capacitação no Jornal Escola A Tribuna 2006

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