sábado, 11 de fevereiro de 2012

Curiosidades sobre o carnaval



Você já deve ter ouvido esses nomes: Pierrô, Arlequim e Colombina. Eles são os personagens mais conhecidos do carnaval e estão presentes nas festas e nas marchinhas. Os trajes multicoloridos destas figuras deram origem às fantasias usadas nos bailes de carnaval e são alguns dos ingredientes da alegria dessa festa popular.

Arlequim: personagem da antiga comédia italiana, de traje multicolor feito em geral de losangos, que tinha a função de divertir o público nos intervalos, com brincadeiras e bufonadas. Namorado da Colombina.

Colombina: principal personagem feminina, namorada do Arlequim e companheira do Pierrô. Amiga, alegre, bela, esperta. Vestia-se de seda ou cetim branco, saia e usava um chapeuzinho.

Pierrô: personagem também originário da “commedia dell’arte”, ingênuo e sentimental. Usava como indumentária calça e casaco muito amplos, ornado com pompons e de grande gola franzida.

Interpretação do Texto Lido: (Responder no Caderno)

1-Você gosta do Carnaval?

2-O que você costuma fazer durante o Carnaval?

3-Você já tinha ouvido falar nessas personagens?

4-Já se vestiu como alguma dessas personagens? Qual delas ou nenhuma? Que fantasia você gosta de usar durante o carnaval? Ou não gosta de se fantasiar?

5-Qual das personagens você acha mais colorida, enfeitada ou animada?

6-Vamos fazer uma ilustração ou cartaz bem colorido, ilustrando as personagens do texto?

Dentre os personagens mais famosos do carnaval estão Pierrôt, Columbina e Arlequim. Estes são inspiração tanto para fantasias, como para canções que fazem referência a uma triste história de triângulo amoroso. O que pouca gente sabe é como se deu o acontecido. Uma das versões mais famosas do conto é uma encenada nos antigos teatros itinerantes da Europa, a chamada Commedia dell’Arte. Abaixo, a versão segundo Pierrot ou lês secrets de la nuit, de Michel Tournier.

Pierrôt e Colombina cresceram juntos e eram muito amigos. Pierrôt se tornou padeiro e fazia pães e doces para alegrar a vida dos habitantes de sua cidadezinha e o coração de sua amada. Ele não tinha coragem de se declarar para Colombina, pois ele era muito tímido. Costumava escrever longas cartas de amor para sua amada, porém não tinha coragem de enviá-las.

Um belo dia de verão aparece na cidade um alegre trovador chamado Arlequim, que encanta a todos com suas histórias e canções. Colombina é seduzida e se apaixona por ele. Ela o segue deixando sua cidade e seu amigo Pierrôt, que fica muito triste e deprimido.

Chega o inverno e com ele dificuldades para a sobrevivência, Arlequim e Colombina sofrem muito. Em uma noite de inverno, ao contemplar a lua, a moça relembra seu amigo Pierrôt e encontra uma carta com uma declaração de amor. Ela fica emocionada e foge para retornar para sua pequena cidade e rever Pierrôt.

Os dois amigos se reencontram e vivem muito felizes juntos. Arlequim, com saudades de Colombina, também retorna e para permanecer perto de sua amada fica amigo de Pierrôt. Assim os três amigos vivem felizes para sempre em meio aos pães e doces deliciosos feitos por Pierrôt.

Sobre os personagens:

Colombina - jovem ingênua que fica entre a emoção de Arlequim ou a serenidade de Pierrôt.

Pierrôt - é o amor puro e verdadeiro que sabe esperar o retorno de sua amada. O amor sofre em silêncio

Arlequim - é a paixão que chega repentinamente e arraza corações. A paixão é passageira e perde seu encanto quando os problemas de relacionamento chegam.

Abaixo, o trecho final da peça, que até pode ser interpretado como funciona o desejo feminino (que muitos homens “pierrôts” quebram a cabeça para entender, enquanto muitos “arlequins” se aproveitam da situação).

“Não! não me compreendeis…

Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.

Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim… o teu sonho é tão manso, Pierrot…

Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo…e a Pierrot, minha alma!

Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!

Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu… outro me fala da terra!

Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade…
Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser sómente.
Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!”.

Joel Minusculi
Que sente pena do Pierrôt

créditos: http://joelminusculi.wordpress.com/page/34/

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